Festa na praia

what are your hesitations?

[...] Um pouco cansada de observar minha irmã, voltei toda minha atenção para a revista que eu tinha nas mãos, mudando de posição e me deitando de bruços na cama, com o troco levemente erguido já que me apoiava nos cotovelos. Ouvi Samantha pedindo minha ajuda, enquanto fuçava nossa cômoda, logo ela veio para perto de mim, com as mãos fechadas e um sorrisinho astuto nos lábios. Ergui uma sobrancelha assim que ela me mostrou o brinco azul lazuli, que incontáveis vezes foi motivo de brigas entre nós duas, e logo depois um delicado brinco de perola. Olhei bem para os trajes dela, o brinco de lazuli era muito chamativo e provavelmente tiraria a atenção do vestido, seu rosto já seria um chamariz suficiente para a noite toda, e suas sapatilhas eram claras, as pérolas cairiam como uma luva aquela composição. Apontei para o brinco de pérola, e Samantha se levantou voltando para a nossa cômoda que estava uma verdadeira zona, coisa típica de Samantha, ela era tudo menos organizada. — Ai de você se não arrumar tudo isso quando voltar, Samantha. — Nossa maior diferença era com certeza a desorganização de Samantha e minha mania de organização. Eu detestava coisas fora do lugar e muitas vezes era quem saia arrumando as coisas que minha irmã deixava fora do lugar, já que ficava inquieta e no maior nível de mau humor quando tudo não estava em seu lugar correto e perfeitamente organizado. Fui diagnosticada anos antes com TOC, transtorno obsessivo compulsivo que me fazia ter esse "problema" com a organização de tudo. Samantha me convidou mais uma vez para a festinha na praia, mas eu não cheguei a dar muita atenção, apenas soltei algo parecido com um "hum", e então ela saiu lançando um beijinho da porta.

Fiquei mais uma meia hora na cama, até que a leitura realmente começasse a me entediar e que a zona deixada no Chalé me fizesse ter vontade de cometer suicídio. Me levantei da cama, praguejando de maneira ofensiva, e dirigindo tomos meus pensamentos a Samantha, obviamente. Comecei pela cômoda, guardando todos os nossos acessórios em suas caixinhas correspondentes e deixando tudo extremamente organizado, dei uma rápida olhada no espelho, notando que meu cabelo estava ótimo hoje, liso e com leves cachos na altura dos ombros, acabei abrindo um sorrisinho, desmanchando a carranca que eu havia formado minutos antes. Estava um pouco mal humorada depois de um encontro desagradável que havia me custado uma adorável camisa de flanela naquela manhã. Quando terminei de arrumar todo o quarto e havia pendurado o último vestido no nosso guarda-roupa, dei de cara com uma peça que curiosamente não havia caído nas graças de Samantha. Era um vestido, justo até  cintura e depois bem soltinho, dando uma aparência delicada que mais lembrava uma boneca, era em renda delicada e com alças largas em formato triangular que cobriam a parte superior inteira do ombro. Retirei ele do armário, vestindo a peça por pura vontade de colocar uma roupa bonita, afinal de contas eu adorava me vestir bem, mesmo que fosse para dar uma voltinha pelo acampamento. Com o vestido no corpo me fitei em frente ao espelho, sentindo que faltava alguma coisa, então peguei dentre as dezenas de opções, um cinto preto de largura média, que afivelou o conjunto na cintura, onde ele mudava, dando o toque final que ele merecia. — Perfeito — Sussurrei fitando o resultado no espelho. Minutos depois eu havia percorrido todo o Chalé, calçando sapatilhas peroladas e colocando um brindo de pedra negra, com menos de dois centímetros de diâmetro. Meus cabelos não precisavam de nenhum tipo de cuidado, estavam ótimos daquele jeito. Não sei o que me deu, mas a necessidade de me divertir de repente se tornou gigantesca e eu faria questão de encontrar novamente a garotinha que me irritara pela manhã, quem sabe aquela não seria uma ótima oportunidade de mostrar quão inabalável eu poderia ser, apesar do modo como ela poderia ter me definido em sua mente perturbada.

[...] Quando cheguei a praia pude visualizar muitos semi deuses que eu conhecia bem e alguns que eram novos, ou que nunca se mostraram interessantes o suficiente para que eu botasse meus olhos em cima deles. Caminhei a passos contidos, observando todos ao meu redor, quando cheguei a um pequeno bar temporariamente montado ali no meio, um Sátiro mastigava algum pedaço de alumínio, suponho que onde antes estivesse o liquido que ocupava alguns copos descartáveis de várias cores. Peguei um deles e cheirei, descobrindo que se tratava de um refrigerante inocente, dei um pequeno gole para ter certeza que não estava batizado, e então voltei a caminhar, bebericando do meu copo enquanto procurava Samantha. Encontrei minha irmã ao lado de uma mesa, já descalça e conversando com um garoto, acho que era um dos novatos porque eu nunca havia visto ele antes, e como não era do tipo feio eu provavelmente não tinha incluído ele na lista de ignorados. Me aproximei dos dois, notando a meia distância que bebiam e conhecendo bem Samantha, não devia ser refrigerante. Quando me aproximei o suficiente para ser ouvida, parei fitando os dois, com a mão livre apoiada na lateral do quadril e o copo erguido na outra. — Até parece que ia sentir a minha falta, estando assim tão bem acompanhada, não é Sam? — Disse, esperando que os dois notassem a minha presença, e só então me aproximei de verdade deles. Lancei um sorrisinho na direção de Samantha e seu acompanhante, enquanto uma nova música começava a preencher o ambiente, agradando os meus ouvidos. — Decidi vir. — Disse dando de ombros, respondendo a pergunta não feita de Samantha, que agora me fitava com uma sobrancelha erguida, enquanto eu terminava de beber o líquido do meu copo.

   hahaha....

-Ah, claro, já vou gritar e anunciar que você é Zeus-disse olhando para o garoto e sorrindo.

-Se bem que você deixou muitas brechas durante a conversa e eu poderia acreditar que, você está se segurando para não romper a sua própria regra de não interagir diretamente com seus filhos.-olhei para o garoto dando um sorriso de canto e fitando seus olhos.

-Sou filha de Zeus, uma hora ou outra eu irei descobrir oque você está me escondendo

Thanks @Dead Master

Party

Aquela com toda certeza era minha filha, não havia dúvidas, tinha um pouco de mim, mas era a cara da mãe, senti tanto orgulho que quase enfartei.
- Então fique quieta – disse sem saber nem o que faria – Olhe para o céu.
Os deuses me matariam se vissem isso, mas em todo caso era só sequestrar Kira e apagar a memória. Fiz algumas nuvens se mexerem e taparem a Lua, nada demais.

Zeus like Paul :

clumsy @ sa!

Os cabelos loiros de Louise lhe caiam ao rosto enquanto ela corria, e a moça os pôs atrás da orelha. Empurrando as pessoas no aglomerado a sua frente, a garota finalmente conseguiu enxergar seu destino: Magnus e automaticamente ela sorriu, mesmo sabendo que o garoto não a vira. Surpreendentemente, a garota estava feliz e animada com a possibilidade de fazer uma amizade, mas ela também estava nervosa, afinal, nunca fora um exemplo de sociabilidade e sinceramente, não tinha ideia de como fazer um amigo, e naquele momento, estava debatendo em sua mente sobre o que deveria dizer quando percebeu que estava quase esbarrando com o garoto. Meio que numa guinada, a garota parou e deu um risinho nervoso para Magnus:
- É, hum... Oi? – ela disse, tentando fazer soar como uma afirmação em alto e bom som, que mais saiu como uma pergunta sussurrada. É, por mais incrível que parecesse com seu visual mais jogado pro punk, a garota era muito tímida, e suas atitudes naquele momento somente provavam isso. Arrumando o cabelo para trás de forma que o deixava ainda mais bagunçado enquanto tentava esconder o leve rubor que se instalava em sua face, a garota era a própria vergonha em pessoa.

clumsy @ sa!

- Ah me desculpe se lhe deixei esperando, é que eu dormi um pouco demais e quando vi já estava atrasada – ela disse, dando um sorriso e pondo novamente o cabelo atrás da orelha e rindo um pouco – Tenho problemas com o sono, sabe? – Explicou, simplesmente porque era verdade e também por não ter muito o que dizer. – É bom, sim, sim estou bem e você? – Respondeu a pergunta que o garoto fizera por final rapidamente porque havia se esquecido dela, enquanto puxava a manga do moletom do Batman que era um pouco – muito – maior do que ela, e que caia sobre a calça justa escura, ainda sorrindo.

clumsy @ sa!

- Ah que bom! – Respondeu, subitamente aliviada e dando, finalmente, um sorriso sincero para o garoto – Eu também não, cara! Acordar cedo é a pior coisa do planeta terra! Como alguém consegue funcionar 6 horas da manhã? E pensar que eu vou ter que fazer isso esses dias... Meus Deu... Opa, meus deuses. Ainda não me acostumei com isso – Disse ela, finalmente se cansando do cabelo rebelde que lhe caia ao rosto e prendendo-o num coque no alto da cabeça.

clumsy @ sa!

- Isso já aconteceu comigo! Tipo, cara, eu dormi na terça feira de tarde e acordei na quinta feira do outro dia achando que eu ainda tava na terça. Mas eu meio que descobri o porque! É que na verdade eu sou um urso, sacas? - Ela disse e riu meio alto, tentando fazer uma imitação de urso que não deu muito certo. Fazendo um biquinho, a garota se deu por vencida soltando um "Ta, parei" e voltando a rir.

clumsy @ sa!

Ela sorriu para o garoto, enquanto escutava-o falando.
- Quatro horas acordado? Moço, eu passava a maior parte do tempo dormindo em pé, e no momento, eu to meio que fazendo isso. Talvez isso seja um sonho da minha mente, sei lá - Disse numa brincadeira um pouco boba - Vinte quatro horas por dia, oito dias da semana eu estou dormindo, isso nem é possível. Ursos se inspiram em mim! - Afirmou rindo.

clumsy @ sa!

- Ta me chamando de gorda? - Diz cruzando os braços numa visível atuação de garota com raiva - É isso? É isso? Pois eu sou mesmo! - afirma um pouco mais alto, ficando na ponta dos pés e abrindo os braços numa tentativa boba de imitar uma ursa gorda. Por fim, a garota infla as bochechas, enquanto anda ao redor do garoto, mas não consegue manter a expressão por muito tempo, pois começa a rir.

clumsy @ sa!

- Claro que pode! Na verdade, toda vez que alguém me chama de Louise eu meio que tenho a impressão de que a pessoa quer me bater - Admitiu a garota, dando um sorriso simpático e caminhando ao lado do garoto - Eu também to afim de beber uma vodca há um tempo, só tava com preguiça de ir lá, mas agora, já que vai eu te acompanho.